quinta-feira, 2 de setembro de 2010

A Presença Real: Cristo na Eucaristia (Parte Final)

A Eucaristia e a Santidade
Eu acredito!


Autor: Padre John A. Hardon, S.J.



A Eucaristia como Presença Real é a pedra angular da santidade. Como evidência desse fato temos o testemunho dos santos que, quando falam ou escrevem sobre o poder do Santíssimo Sacramento em santificar, parecem ser positivamente extremos em suas alegações sobre o que a Presença Real pode realizar tornando um homem pecador em santo.

Note que estamos nos concentrando na Santa Eucaristia como Presença Real. Poderíamos, também, falar do poder santificador da Missa ou da Santa Comunhão, mas isso não é nosso foco de reflexão. Por que não? Porque, afinal, a Presença Real na Missa e na Santa Comunhão é exatamente, o que explica a eficácia desses dois.
Sem Presença Real, não há missa; sem Presença Real, não há comunhão. Dessa forma, habitando na Presença Real, estamos efetivamente falando da Santíssima Eucaristia – Presença, Sacrifício e Sacramento.

Para apreciar o valor da Presença Real na vida espiritual, devemos retornar, em espírito, ao episódio descrito por São João quando nosso Senhor após realizar o milagre da multiplicação dos pães e dos peixes, fez Sua solene promessa da Eucaristia.


“Eu sou o Pão da Vida”, Cristo declarou na ocasião. “Aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede. Mas já vos disse: Vós me vedes e não credes (...) todo aquele que o Pai me dá virá a mim, e o que vem a mim não o lançarei fora. Pois desci do céu não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou: que eu não deixe perecer nenhum daqueles que me deu, mas que os ressuscite no último dia. Esta é a vontade de meu Pai: que todo aquele que vê o Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu ressuscitarei no último dia.”


Já lemos, ouvimos e meditamos essas palavras por muitas vezes, mas elas merecem ainda uma reflexão profunda, porque elas contêm tanto mistério que após dezenove séculos de existência da Igreja, ela ainda não alcançou a definição de toda a riqueza de seu sentido.

Todas as vezes que retornamos as palavras reveladas por Cristo, sempre descobrimos algo novo. Sempre! A palavra chave no discurso de Cristo sobre a Eucaristia é a palavra acreditar. De fato, depois de ter prometido o Santíssimo Sacramento, muito dos judeus que o ouviram, não acreditaram. “Isso é muito duro”, disseram eles. “Quem o pode admitir?”

Depois disso, está escrito, “Desde então, muitos dos Seus discípulos se retiraram e já não andavam com Ele.” E o evangelista explica que “desde o princípio Jesus sabia quais eram os que não criam e quem o havia de trair.” E poderíamos acrescentar que quando vemos que o Salvador sabia quem não acreditava, este não era apenas um conhecimento sobre a época, mas sobre todo o futuro. Ele previu quem iria e quem não iria acreditar, e deixe-nos ressaltar que a relação colocada pelo evangelista entre aqueles que não criam e aqueles que o trairiam, é a relação causa e efeito. Todos os traidores de Cristo foram aqueles que, tendo ora acreditado, pararam de crer.

Tradução: Tatiane Rodrigues e Rodrigo Marciano
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Assim concluímos nossas quatro semanas de reflexão sobre a Presença Real de Cristo na Eucaristia.

Esperamos que esses textos tenham ajudado em sua busca e entendimento sobre esse grande dom concedido a nós Católicos.

A Sagrada Comunhão nos torna mais íntimos de nosso Deus, e fortalece nossa caminhada de vida e santidade!

Que continuemos tendo sede de Deus para que nossa fé aumente e proclamemos a cada dia:



“Senhor eu não sou digno (a) que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo (a)!



Que o Corpo e o Sangue de Cristo nos guardem para a vida eterna! Amém!


Iluminai-vos | Movimento de Amor