A Presença Real: Cristo na Eucaristia (parte 3)

A Eucaristia e a Santidade 

Como Acreditar?

Autor: Padre John A. Hardon, S.J.

Isto pode parecer uma pergunta estranha: como nós acreditamos na Presença Real? Acreditando, poderemos responder. Como ainda você acredita? Verdadeiramente o bastante. Porém, mais concretamente, como devemos expressar o que cremos? Nós devemos expressar nossa crença fazendo na nossa parte, o que Cristo faz na parte Dele. Ele vem a nós. Então, devemos ir até Ele, e isso não é se locomover. Ele desce até nós. Devemos nos erguer a Ele. Ele está presente na Eucaristia para estar perto de nós. Nós devemos estar presentes – com efeito – nós devemos estar presentes na Eucaristia para estarmos perto Dele. Ele passou pela experiência sobrehumana de se tornar homem, depois mudar pão e vinho em Si próprio, depois dar a seus Apóstolos o poder de fazer o mesmo, e enfim, dar a eles o poder de passar o que receberam a outros, para que eles também pudessem fazer. Em virtude desse poder, Ele está agora conosco, e, em troca, Ele quer que estejamos agora, aqui com Ele; e onde Ele está não há enganos. É impossível em termos humanos perceber a imensa importância de estar em uma igreja ou capela diante do Santíssimo Sacramento com a freqüência que nossas obrigações e estado de vida permitem. Eu raramente repito o que digo, mas deixem-me repetir essa frase: É impossível na linguagem humana perceber a imensa importância de estar em uma igreja ou capela diante do Santíssimo Sacramento com a freqüência que nossas obrigações e estado de vida permitem. Esta frase é o talismã da mais alta santidade.

Não estou falando de uma mera prática ou de um luxo da vida espiritual, estou falando de sua essência. Aqueles que acreditam no que estou dizendo e agem conforme suas crenças estão em posse de um grande tesouro disponível ao homem nesse “vale de lágrimas”. Desta forma, milhares de homens e mulheres santos têm testemunhado suas experiências. Isso é estar próximo da chave para a santidade. Por essa razão, eu realmente recomendo que cada um de nós faça uma resolução – não importando o quanto a decisão possa nos custar – ter uma hora santa diante do Santíssimo exposto ou no sacrário, pelo menos uma vez por mês, ou se possível uma vez por semana e se tivermos a graça, e nossa vocação nos permitir, várias vezes durante a semana. Pense nas horas vazias que as pessoas passam semanalmente em frente à televisão – segundo informações, são em média vinte horas por homem, mulher e criança na América.

Alguém poderá discordar dizendo: “Você fala de santos ou místicos e não sou nada disso, ao contrário, sou apenas um simples católico tentando salvar minha alma”. E minha resposta é: “Não é possível que haja hoje em dia católicos medíocres, não com a revolução pela qual a sociedade tem passado e com os distúrbios de todas as áreas da igreja. A igreja hoje precisa de católicos fortes, católicos sábios, católicos que não são influenciados pela opinião pública ou que tenham medo de anunciar sua verdade. Ela precisa de católicos que estão dispostos a sofrer por suas convicções e se necessário, derramar seu sangue pela fé.”

E questionamos, podemos obter essa força e sabedoria, essa paciência e convicção e esse amor fiel de Deus que foi leal até a morte? Podemos obter esses fatores através Daquele que disse: “Tenham coragem, Eu venci o mundo.” Ele não está a dois mil anos de distância, ou ausente na Terra num céu distante que não pode ser alcançado. Não, Ele está bem aqui na Eucaristia, e Ele quer apenas que estejamos com Ele o máximo que pudermos. Se estivermos, e o quanto mais estivermos – como a Santa Eucaristia nos diz – Ele não apenas nos fará santos, mas Ele nos usará como usou aqueles da Palestina que, quando Ele fez a promessa da Eucaristia, não o abandonaram. Ele irá usar-nos como canal da Sua graça até os confins da Terra e até o fim dos tempos.

  

Esse foi o terceiro texto sobre “A Presença Real de Cristo na Eucaristia”, na próxima semana teremos a última parte dessa reflexão com o texto: Eu Acredito!

Tradução:

Tatiane Rodrigues e Rodrigo Marciano

Família

Celebramos há pouco tempo a Semana da Família. E como não poderia deixar de ser, paramos por alguns instantes para refletir sobre esse grande dom chamado “Família”. Na família se encontra a origem de nossas relações com o mundo. É a família que orienta, apóia, molda, aconselha e envia.

Se realmente pudéssemos constatar a importância aparente e profunda dessa Igreja Domiciliar, nossa postura seria de infinito respeito e zelo pelos valores familiares.

4 Respondeu-lhes Jesus: Não lestes que o Criador, no começo, fez o homem e a mulher e disse: 5 Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois formarão uma só carne? 6 Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu. (Mt 19: 4-6)

Muito se fala hoje sobre a “família moderna”, de todos os tipos mais variados e inusitados. Porém é muito importante ter bem claro em nossas mentes e coração que por mais que muitos exemplos e afirmações tentem mudar a verdade, a Família como Instituição Sagrada, berço de valores, lugar de sentimentos puros, existe! E é mais forte do que qualquer contradição.

Na família aprendemos a amar de maneira mais desinteressada, aprendemos a lidar e conviver com as diferenças, aprendemos a ter limites, a respeitar. Acredito que quando Deus pensou na família, Ele quis nos dar um lugar de refúgio, de descanso para a alma... mas sabemos que por inúmeras questões, essa intenção, muitas vezes, não se concretiza. Como cristãos chamados a ser “Luz”, temos que defender a família, lutar por ela, querer conservá-la, edificá-la e construí-la.

♫ E não sabem dar valor pra essas coisas... Ter um lar é um tesouro! ♪ (Cara de Família – Grecco)

O amor de um casal que decide se unir em Matrimônio e gerar um lar, na superação, aprendizado, e no sim de cada dia, é sinal de Deus, é instrumento de paz e conversão! Através desse amor, que de tão grande transborda e gera vida, meninos e meninas vêm a esse mundo, e enxergando a graça e benção de viver em família, crescem e almejam continuar esse ciclo de amor que traz um pouco do céu até a terra.

1 Feliz o homem que tem uma boa mulher, pois, se duplicará o número de seus anos. 2 A mulher forte faz a alegria de seu marido, e derramará paz nos anos de sua vida. 3 É um bom quinhão uma mulher bondosa; no quinhão daqueles que temem a Deus, ela será dada a um homem pelas suas boas ações. 4 Rico ou pobre, (o seu marido) tem o coração satisfeito, e seu rosto reflete alegria em todo o tempo. (Eclo 26: 1-4)

Você lendo tudo isso pode questionar e até desdenhar dizendo: Viver em família é muito difícil! A família tem muitos problemas hoje! Hoje a família se destrói facilmente!

De fato não podemos negar as atuais dificuldades, poder-se-ia aqui listar um grande número de problemas e absurdos que acontecem nas famílias hoje, mas para que exaltar tudo isso? Para que focar esses fatos que já tem tido muito ibope por aí?

Toda a doutrina social que visa destruir a família é má, e para mais inaplicável. Quando se decompõe uma sociedade, o que se acha como resíduo final não é o indivíduo, mas sim a família. (Victor Hugo)

Deus sempre quer nos trazer a “Boa Nova”! Vejamos a possibilidade de amor que existe na família, amor que pode fortalecer nossa esperança e extrair o melhor que há em nós. Por isso, que sejamos grandes intercessores que rezam e protegem a família!

♫ E se por acaso a dor chegar ao teu lado vão estar. Pra te acolher e te amparar, pois não há nada como um Lar. ♪ (Tua Família – Anjos de Resgate)

Que o casal não desista do amor. Que homem e mulher prefiram construir, mesmo em meios às dificuldades, um relacionamento que tenha significado, que seja alheio a todo o vazio que nos têm oferecido. Que eles se preocupem e se empenhem em dedicar o máximo de tempo possível aos seus filhos, para os que espreitam os lares querendo tirar a graça divina do seio da família, não se aproximem!

1 Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo. 2 O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, 3 para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). 4 Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. (Efe 6: 1-4)

Que os filhos aprendam em casa a amar e respeitar o próximo, e aprendam também a se valorizar e respeitar o próprio corpo. Que eles aprendam a sonhar e a querer construir com seus projetos uma sociedade melhor e mais justa para as outras gerações que hão de vir!

♫ Que marido e mulher tenham força de amar sem medida. Que ninguém vá dormir sem pedir ou sem dar seu perdão. Que as crianças aprendam no colo, o sentido da vida. Que a família celebre a partilha do abraço e do pão!

Que marido e mulher não se traiam, nem traiam seus filhos!Que o ciúme não mate a certeza do amor entre os dois!
Que no seu firmamento a estrela que tem maior brilho, seja a firme esperança de um céu aqui mesmo e depois!

Que a família comece e termine sabendo onde vai. E que o homem carregue nos ombros a graça de um pai. Que a mulher seja um céu de ternura, aconchego e calor. E que os filhos conheçam a força que brota do amor!

Abençoa, Senhor, as famílias! Amém! Abençoa, Senhor, a minha também! ♪ (Oração pela Família – Pe. Zezinho)

Sagrada Família, rogai por nós!!!

Autor: Tatiane Rodrigues

 Iluminai-vos | Movimento de Amor

A Presença Real: Cristo na Eucaristia! (parte 2)

A Eucaristia e a Santidade
Em Que Acreditamos?
Autor: Padre John A. Hardon, S.J.
A maneira mais simples de expressar o que Cristo nos pede para acreditarmos sobre a Presença Real é que ELE realmente é a Eucaristia. A Presença Real é o Jesus real. Nós devemos acreditar que a Eucaristia começou no ventre da Virgem Maria; que a carne que o Filho de Deus recebeu de Sua Mãe na encarnação é a mesma carne transformada do pão na Última Ceia. Se ela não tivesse dado a carne e o sangue a Ele, não haveria Eucaristia.

Nós devemos acreditar que a Eucaristia é Jesus Cristo – tão simples assim, sem complicações. É Deus tornado homem, na totalidade da Sua divina natureza, na totalidade de Seu corpo e alma, na totalidade de tudo que faz Jesus ser Jesus. Ele está na Eucaristia com Sua mente humana, unido a sua Divindade, com Suas mãos e pés, Sua face e sua aparência, Seus olhos, lábios, orelhas e narinas, com Sua afeição e emoções e, com ênfase, com sua Vida e seu Sagrado Coração, pulsante e físico.

É isso que nossa Fé Católica espera que nós acreditemos. Se acreditarmos nisso, somos Católicos. Se não acreditamos, não somos católicos, independentemente do que as pessoas pensam que somos.
Nossa fé é crença porque nós não vemos em que acreditamos. Nós aceitamos as palavras de Cristo que tudo isso está lá, ou melhor, aqui na Sagrada Eucaristia. A fé deve suprir, o que, como o Tantun Ergo canta, “os sentidos não percebem”. E a fé deve revelar o que a mente por si só não pode ver. Nunca esqueçamos desta frase, primeiro em Latim, lumen fidei, a luz da fé. Fé revela, fé descobre, Fé ilumina, Fé fortalece a mente para ver o que a mente sem fé não pode ver.

Pode nos soar estranho, mas quando acreditamos na Presença Real, acreditamos duplamente em coisas não vistas. Nós vemos apenas o que parece pão e vinho, tem gosto de pão e vinho, tem aroma de pão e vinho e, mesmo assim, devemos acreditar que atrás das aparências físicas está um homem. Fé número um. Além disso, devemos acreditar que atrás do homem não visto está Deus. Fé número dois. 
É alguma surpresa o fato da Igreja chamar a Eucaristia de Mysterium Fidei, ou o Mistério da Fé? Aqueles que aceitam a Presença Real aceitam implicitamente todos os mistérios da Cristandade. 
Eles acreditam na Trindade, no Pai que enviou seu Filho e no Filho que enviou seu Santo Espírito. Eles acreditam na Encarnação, e que o Filho de Deus se tornou homem como nós. Eles acreditam na divindade de Cristo, já que ninguém, mas Deus, poderia transformar o pão e o vinho em Seu próprio corpo e sangue. Eles acreditam na Santa Igreja Católica que Cristo fundou e em qual através de sucessivas gerações é transmitida a bispos e padres o incrível poder de fazer Cristo continuamente presente em meio a nós no Santíssimo Sacramento. Eles acreditam, contra todas as traições dos Judas da história e todo o ceticismo dos primeiros discípulos de Cristo, em uma cadeia indestrutível de fé desde a resposta de Pedro, quando Cristo questionou se ele se seus companheiros gostariam de deixar o Mestre. Que risco tomou Cristo. “Senhor”, Pedro olhou ao redor, “aonde iremos nós?” (e ele falou por todos nós). “Tu tens palavra de vida eterna, e nós acreditamos, nós sabemos, que Tu és o verdadeiro Santo de Deus.”

Existe uma oração na liturgia copta que perfeitamente responde a nossa primeira questão:
“Em que acredito quando eu acredito na Presença Real?” A oração segue um pouco longa, mas vale a pena:
“Eu acredito e irei confessar até meu último suspiro que este é o pão vivo que Seu único Filho, Nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, tomou de Nossa Senhora, Rainha da Humanidade, a Santa, Imaculada Virgem Maria, Mãe de Deus. Ele se fez Um em sua Divindade sem confusão e mudança. Ele testemunhou diante de Pôncio Pilatos e, por sua vontade, foi condenado em nosso lugar à Santa Cruz. Verdadeiramente, eu acredito que sua divindade não foi separada de sua humanidade em nenhum momento, nem mesmo por um piscar de olhos. Ele deu o Seu corpo para a remissão de nossos pecados e para dar a vida eterna a todos que partilharem deste corpo. Eu creio, eu creio, eu creio que isto é verdadeiramente este corpo. Amém.”

Está é a sua fé e a minha.
Texto da próxima quinta: Como acreditar?

Tradução: 

Tatiane Rodrigues e Rodrigo Marciano

Voltem pra casa...

A Presença Real: Cristo na Eucaristia!

A Eucaristia e a Santidade 

Por que nós acreditamos?

Autor: Padre John A. Hardon, S.J.

A resposta dessa pergunta depende muito se apenas sabemos sobre santidade ou se também a praticamos, ou se a santidade permanecerá apenas uma idéia ou se verdadeiramente nos tornaremos santos. Que diferença!

Por que acreditamos que o mesmo corpo que Cristo teve em sua presença visível na Terra é o corpo, agora glorificado, que nós adoramos e recebemos invisivelmente na Terra hoje? Você percebe? Cristo está na Terra! E a razão, obviamente, é porque Ele nos disse que estaria. E o que Ele disse é verdade porque Cristo, que é Deus, não conhece mentira.

Mas por que acreditamos nos termos das promessas que Ele fez? Quais bênçãos e benefícios Ele assegurou àqueles que acreditam nesse Mistério Eucarístico? Todas as bênçãos que Cristo prometeu para aqueles que acreditam na Santa Eucaristia estão resumidas em Sua própria magistral promessa de vida. Aqueles que acreditam receberão vida e a vida que Ele prometeu era zoé – o tipo de vida que pertence a Deus, o tipo de vida que Pai, Filho e Espírito Santo dividiram e alternaram por toda a eternidade. Aqueles que acreditam, receberão essa vida. Aqueles que não acreditam morrerão. De que tipo de vida Cristo estava falando? Deve ter sido a vida de graça sobrenatural em nossas almas, de envolvimento ou participação em Sua própria vida divina.

Suponha que continuemos fazendo uma série de perguntas em que as respostas podem ser sim ou não:

• É possível a uma pessoa estar fisicamente viva, mas espiritualmente morta? Sim ou não? SIM.
• É possível a uma pessoa estar quase viva? Sim ou não? SIM.
• É possível a uma pessoa estar mais viva do que apenas respirando sobrenaturalmente? Sim ou não? SIM.
• E finalmente, é possível a uma pessoa estar muito viva na graça divina, vitalmente viva, cheia, latente, vibrante, explodindo com a vida de Deus em sua alma? Sim ou não? Enfaticamente SIM.

Isso, em uma linguagem simples, é o que nosso Salvador prometeu aqueles que acreditam em Sua presença real. Ele assegurou e eles, portanto, assegurou a nós que não estaríamos apenas vivos, mas repletos de Sua vida cheios e fluindo com a força, poder, sabedoria, paz e todas as maneiras de santidade. E é isso que define santidade. É a plenitude das boas coisas de Deus.

O mais, mais e cada vez mais da vida de Deus em nossas almas. Ainda mais, Ele promete que, desde que acreditemos Nele na Eucaristia, Ele sustentará a vida em nossas almas pela eternidade. Em outras palavras, estando vivos Nele agora, jamais morreremos. E o mais maravilhoso, Ele fará ainda com que essa vida se derrame de nossas almas em nossos corpos erguidos das sepulturas no último dia, corpos glorificados pela visão de Deus. Não é de se admirar que a Eucaristia seja chamada de panis vitae, o pão da vida. É isso, e que nos lembremos, e aqui há uma condição, que antes de comermos com os nossos lábios, levemos esse Pão aos nossos corações pela força da fé. Na verdade, se não tivermos primeiramente a fé, nós iremos, como disse Pedro, “comer indignamente”.

Apenas os que acreditam podem se beneficiar desse pão da vida, apenas os que acreditam podem desfrutar do Santíssimo Sacramento, e apenas os que crêem podem crescer em espírito participando dessa Eucaristia, sempre dependendo da medida de sua fé. Aquele que acredita profundamente nessa Presença Real irá gozar amplamente dessa Presença Real; aquele que acreditar de maneira fraca, gozará de acordo. A Eucaristia é capaz de operar milagres em nossas vidas. Ela pode – afinal, a Eucaristia é Jesus. Nosso Salvador realizou e realiza milagres, mas, isso depende das circunstâncias (lembre-se de que Cristo não pode realizar milagres em certos lugares, em razão da falta de fé). Depende, portanto da profundeza e do grau de nossa fé.

Aguarde o texto da próxima semana e mergulhemos cada vez mais no mistério da Santa Eucaristia.

Texto da próxima quinta: Em que acreditar? 

Tradução:

Tatiane Rodrigues e Rodrigo Marciano

GRUPO DE JOVENS NOVA ALIANÇA

No dia 02 de agosto de 1997, iniciava-se o Grupo de Jovens Nova Aliança. Era um sábado às 17:30 na Capela Santa Maria no bairro de mesmo nome. Tudo nasceu da iniciativa de alguns jovens que participavam do Grupo Juvac, que sentiram o chamado de Deus para inaugurar um Grupo no Santa Maria.

É memorável o momento em que o Alex – hoje Padre Alex – apresentou Carlos, Denílson e Anderson ao Ricardo, dizendo que eles tinham a intenção de formar um Grupo da Renovação Carismática Católica (RCC) e a recomendação foi que providenciassem uma lista de interessados e que todos começassem a rezar nessa intenção.

Passado quase um mês, esses três jovens abordaram o Ricardo após uma pregação dizendo que eles já tinham a lista. O entusiasmo deles era contagiante! Do outro lado, Ricardo, Renato, Juliana e Kelly eram monitores de Crisma, e tinham alguns Crismandos também interessados no projeto: como Fernanda e Leandro.

Assim formado esse primeiro grupo de pessoas, foi marcada uma reunião na casa da Juliana para que fosse partilhado o que cada um pretendia com esse grupo. Essa reunião aconteceu no dia 09 de julho de 1997 e a partir daí, esses jovens passaram e se ver com mais constância.

O que ajudou na criação desses vínculos de amizade foi que muitas dessas pessoas já citadas acima, já nutriam a relação de “Monitor e Crismando”, além disso, houve uma missa em que essas pessoas tocaram e cantaram juntas, mesmo antes do grupo ser oficialmente constituído.

Nesse dado, pensamos que desde essa época, Deus já nos convidava e ser parte da Liturgia, a estarmos reunidos na Santa Missa, celebrando e nos colocando a serviço, algo que continua crescendo dentro de nós.

Nesse dia da missa, a Celina, uma das responsáveis pela comunidade foi dizer ao Padre Vieira – nosso pároco na época – que ele pedisse à juventude que iniciasse um Grupo na Comunidade. Isso foi para nós como um sinal de Deus, e então, fomos procurar a coordenadora da Comunidade –  a Linda – e depois, o Diácono Eloi.

Dados esses passos, fomos até o Padre Vieira em um dia em que ele estava atendendo confissões. Foi interessante aquele povo todo entrando no confessionário para pedir a benção do Padre para nosso projeto. E, graças a Deus, conseguimos essa benção!

A partir daí, as coisas foram acontecendo de maneira muito natural. Deus nos surpreendia e unia cada dia mais por meio na nossa comunhão e amizade. A escolha do nome do Grupo e outras decisões foram tomadas de maneira descontraída, refletindo o que realmente éramos – uma juventude, com todas suas características típicas da idade, mas com sede de Deus!

Depois dessa vontade cada vez maior de estarmos juntos, de nos vermos constantemente para rezar, para festinhas e tantas outras coisas, escolhemos uma data para iniciarmos o Grupo, também dividimos as tarefas e definimos nossos propósitos que eram:

1) - evangelizar os jovens do bairro

2) - ajudar nas tarefas da comunidade

3) - agir segundo a espiritualidade da RCC

O início foi confuso, com a decisão de coordenação e toda organização do Grupo, e os primeiros coordenadores foram Alex e Ricardo. E como tivemos a graça de ver em nossas decisões a vontade de Deus, até hoje fazemos memória de uma passagem que nos inspirou:

É então o momento de habitardes em casas confortáveis, estando esta casa em ruínas? Eis o que declara o Senhor dos exércitos: considerai o que fazeis! Subi a montanha, trazei madeira e reconstruí a minha casa; ela me será agradável e nela serei glorificado, - oráculo do Senhor. (Ageu 1: 4-5 . 8)  

Não tivemos dúvidas que a vontade de Deus era que nos lançássemos!

Hoje faz 13 anos que essa história se iniciou estando intimamente ligada ao nosso “ser”, nossas escolhas, nossos projetos pessoais. E como diz a atual coordenadora desse Grupo tão amado, Rafaela – a Firmezinha – a palavra que brota do nosso coração é “Gratidão”. Gratidão por termos sido amparados e acreditados por um Deus de infinito amor e misericórdia. Gratidão pela força do Espírito Santo que esteve sobre aqueles que iniciaram esse grupo, que foram ousados, que deram o seu sim. Um “sim” que ecoa há 13 anos, e que durante todo esse tempo, tem direta ou indiretamente inspirado e tocado o coração de muitas pessoas!

Olhando para nossa história vemos tantas lembranças lindas! Tantos momentos de demonstração de verdadeira amizade e amor, tantos sinais de Deus, tantos projetos e sonhos realizados!

Quantos foram os retiros de carnaval – sempre com muitos retirantes, as Santas Missas, as limpezas da Capela, teatros e danças, festas da comunidade, terços nas casas, shows... além de tantas vigílias, formações da qual participamos buscando crescimento espiritual, as coordenações, os ministérios... os momentos de alegria, as confraternizações, os momentos de provação em que Deus na sua maneira perfeita nos ensinou, moldou e melhorou!  

O que mais dizer? Quantos testemunhos e histórias de vida, tão abençoadas, tivemos e ainda temos por meio desse Grupo? O quanto a nossa contribuição, grande ou pequena, por muitos ou poucos anos, transformou e transforma nossas vidas e através disso, a vida de muitos.

Quantas vidas foram tocadas pelas Mãos do Senhor através do “Nova Aliança”? Acreditamos que jamais teremos a exata dimensão do quanto Deus agiu e age através desse Grupo.  Mesmo depois de 13 anos, Deus ainda continua nos chamando e surpreendendo! Como negar a influência intrínseca do Nova Aliança em tudo que tem acontecido desde o final do ano passado?

Esse grupo criou em nós uma ligação Divina com as pessoas que conhecemos e com as quais trabalhamos e convivemos nesse Grupo. Verdadeiramente uma família, que se afasta, se une novamente e prova mais uma vez o Amor de Deus e comunga da certeza que nascemos para isso! Fazemos parte desse Grupo, dessa Família, desse Projeto... do qual já saíram vocações sacerdotais, matrimoniais, amizades fortes e verdadeiras... tesouros, presentes de Deus!

E quantos corações a mais Deus irá tocar através desse Grupo?

O Nova Aliança é nossa base, nossa origem! A história que sempre iremos trazer no coração! A história que nos formou e continua nos convidando a nos lançar em novos Projetos. Se não existisse Nova Aliança, não existiria Iluminai-vos!

Por isso, convidamos você que está lendo esse texto, a fazer parte dessa família! Todos os domingos no Salão da Igreja Santa Cecília, às 17h.

 “Pois Deus constituiu de nós jovens uma nação de Louvor e Adoração” (Pe. Alex)

Autores: Ricardo A. Leite

 Tatiane Rodrigues

Iluminai-vos | Movimento de Amor